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Por que o Google foi multado em R$ 9 bilhões pela União Europeia?

No primeiro plano, sobre uma superfície de madeira escura, um tablet inclinado para cima à direita mostra a tela inicial da busca do Google. Ao fundo, desfocados, uma xícara branca, folhas de uma árvore ornamental e uma parede rosada.

O modelo de negócio criado pelo buscador do Google — que acrescenta anúncios afins às pesquisas feitas por usuários de todo o planeta pela internet — parece enfim ter encontrado um obstáculo à sua altura.

A União Europeia (UE) multou a empresa em 2,4 bilhões de euros (algo em torno de 9 bilhões de reais). O motivo? Nas buscas, a companhia favorece seu próprio serviço de comparação de preços.

Por exemplo, ao se digitar “torradeira” no site, não aparecem no topo (necessariamente) os produtos à venda mais acessados, de múltiplos varejistas online. O mecanismo do Google, que compara preços na região onde você se encontra, comumente surge encabeçando o resultado da pesquisa. Isso ocorre, inclusive, em detrimento das marcas que pagam à companhia para serem apresentadas logo de cara, evidenciadas pelo discreto sinal verde de “Anúncio”.

Por isso, o serviço que elenca preços de diferentes varejistas online, chamado Google Shopping, cresceu 45 vezes desde 2008 no Reino Unido, e 34 vezes na Alemanha, de acordo com a Folha de S. Paulo.

“O Google abusou de seu domínio no mercado como mecanismo de busca ao promover seu próprio serviço nas buscas e minimizar os de competidores”, declarou a comissária da UE responsável pela investigação, Margrethe Vestager.

A dinamarquesa Vestager, por sinal, tem personificado a postura crítica da Europa a práticas consideradas desleais em termos de concorrência. Assim, ela já foi descrita pela revista estadunidense Fortune como “a burocrata que aterroriza firmas de tecnologia”, por também vigiar (e punir) outras gigantes da área, como Apple e Amazon.

Em 2011, 2013 e 2016, também no Brasil, pessoas já denunciaram o Google por situações semelhantes. Mas, por aqui, o Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) não chegou a um veredicto. Ainda.

O imenso volume de informações processadas pela empresa é, ao lado de seus logaritmos, seu maior ativo. Então, com esse instrumental quase único, o Google consegue fornecer uma série de respostas. Porém a um custo aparentemente alto demais para o restante do mercado e, em última instância, para os próprios usuários.

 

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