Quem quer atuar no ramo de alimentos especiais e funcionais tem de seguir as normas de fabricação estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).
É preciso, por exemplo, atentar aos rótulos e informar sobre a presença ou ausência de glúten na composição dos produtos. Recentemente, o órgão regulador passou a exigir também dados sobre a lactose. Em ambos os casos, tratam-se de alertas para os clientes com restrição a essas substâncias.
Nesse contexto, um dos principais riscos é o de contaminação cruzada, de acordo com o que disse o vice-presidente da Associação Brasileira da Indústria de Alimentos Para Fins Especiais e Congêneres (Abiad), Carlos Eduardo Gouvêa, ao PEGN: “Jamais pode ter linha de produto com lactose sendo utilizada antes do outro sem devida descontaminação, [deve haver] limpeza completa da área para ter segurança”.
Nos últimos anos, o mercado de alimentos especiais foi impulsionado pela popularização de dietas que tiram do cardápio itens contendo glúten e lactose. A nutricionista Mariana Duro afirma que isso se deu graças às redes sociais e pode ser bom, desde que ocorra orientação e acompanhamento por um profissional de saúde especializado.
Com isso, essa fatia de mercado promete crescer e atrair novos empresários dispostos a fornecer produtos para esse público.
Porém deve-se atender às exigências legais das agências reguladoras e ter a documentação em dia para prestar satisfações a órgãos dessas instâncias. Eventuais problemas dessa ordem, além de demandarem esforços burocráticos, podem comprometer a imagem da marca diante de um consumidor com perfil exigente e bem informado.
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