Enquanto a concorrência fica mais competitiva, e os consumidores, mais exigentes, o maior desafio para o crescimento de uma empresa pode estar dentro dela, e não fora. Não é incomum que desvio de verbas e fraudes ocorram. Isso pode acontecer ao longo de meses, às vezes anos, sem serem descobertos, comprometendo o lucro e emperrando investimentos.
Se a Operação Lava Jato tem levado grandes organizações e seus donos e diretores aos tribunais — e, em alguns casos, à prisão —, boa parte da iniciativa privada no Brasil ainda precisa aprimorar o controle de gastos para evitar que golpes desse tipo não deteriorem seus resultados nem causem problemas a terceiros.
A experiência mostra que uma das fraudes mais frequentes numa firma é o desvio de pequenas quantias de dinheiro que, se somadas, resultam numa grande subtração do capital da empresa.
A falta de controle sobre quem executa reembolso de despesas, por exemplo, é um prato cheio para gente mal-intencionada. Torna possível desviar os ressarcimentos em nome de uma pessoa para a conta corrente de outra.
Isso acontece sem que sistemas eletrônicos como o ERP (Enterprise Resource Planning, ou “Planejamento dos Recursos da Empresa”), popular em departamentos financeiros, consiga detectar que há algo de errado. Normalmente, as empresas reembolsam valores relativamente baixos sem a necessidade de aprovação de superiores, pois trabalham com alçadas de aprovação.
Outra ocorrência comum é o roubo de senhas, que pode embaralhar o jogo de responsabilidades por mau uso da verba corporativa. Nesses casos, os sistemas podem rastrear quem fez o quê, quando e como. Porém é necessário ir além do que as máquinas registram e mostrar quem usurpou o acesso de quem. Uma política de TI inteligente e cautelosa costuma assegurar que transgressões desse tipo não aconteçam.
A sua empresa monitora gastos e se previne contra desvio de verbas e fraudes? Então conte para a gente na seção de comentários.