Lidar com produções em larga escala requer atenção. Tanto aos detalhes, para impedir que uma única falha comprometa o todo, quanto ao “conjunto da obra”, para garantir rapidez e qualidade ao longo do processo. Sob ambas as perspectivas, os recursos tecnológicos nunca foram tão úteis.
A tal indústria 4.0, que já definimos aqui como um ideal de informatização completa da manufatura, avança a passos largos. Empresas que se valem desse tipo de ferramenta logo se destacam e acirram a concorrência, porque o monitoramento e a reparação de eventuais erros são ambos resolvidos quase automaticamente.
A esse propósito, na semana passada um experimento de inteligência artificial do Google chamou atenção por 1. ser capaz de aprender sozinho, via tentativa e erro, a elaborar tarefas muito complexas; e 2. prometer não apenas se equiparar à mente humana, mas alcançar patamares que ainda desconhecemos, segundo uma reportagem.
Como tantos recursos tecnológicos se aprimorando tão rapidamente, fica a pergunta: ainda haverá espaço para gente nas grandes indústrias?
A resposta curta é “sim”.
A resposta longa leva em conta não só o fato de que homens e mulheres são cruciais para elaborar e programar as máquinas como lembra que persistem desafios exigindo intelecto e sensibilidade às particularidades de cada empresa.
Pessoas especializadas no ambiente industrial e na administração de informações e documentos, gente atenta à cultura empresarial predominante e às práticas e tendências de concorrentes, profissionais capazes de transmitir décadas de expertise vão continuar fazendo a diferença, aliados às novas tecnologias.
O casamento da inteligência artificial com a “natural”, orgânica, leva a resultados muito mais assertivos porque inclui o fator humano na equação de robôs e computadores. Assim, a extrema agilidade e automação das máquinas é completada pela sensatez de gente especializada em gerir e obter informação. E, com dados à mão sempre que preciso, a direção pode tomar decisões acertadas e conduzir a empresa à frente de seus pares.